No olho do
amor,
Celebramos
os tempos do nosso encontro
No olho do
amor,
Rosas
importadas estão no chão,
Espumantes
na geladeira
Vinhos
destampados na mesa
E taças na
cama
No olho do
amor,
Queijos
notáveis são fatiados,
Sem que a
lâmina afiada
Retalhe
nossos corações
Têm-se estimulantes
de toda arte,
Fotos,
cartazes e declarações,
Além de
perfumes novos
Que
desenham nas almofadas
Os nossos
rostos: eu e você.
Lá estamos
nós no olho do amor,
Irradiando
o presente da conexão sentida
Escrevendo
símbolos numa langerie dourada,
Bebendo o tesão
que escorrega pela Champagne que acaba
Ao saciar
a vontade de quem degusta o beijo da amada
De tanta
adrenalina, o olho do amor sequer pisca
Sem fogos,
emoções explodem os nossos corações
Só o cansaço
do dia para apaziguar
Quem tanto
se deseja,
Quem tanto
anseia o Amor,
Sob a
trilha sonora da banda que toca
Lá
embaixo, no jardim do hotel,
A canção
velha, mas inédita ao momento.
Só mesmo o mensageiro para interromper
Com o
toc-toc na porta do 604
Quem tanto
quer ouvir
A música recém-descoberta
Da banda
sindicalista
Que toca
lá embaixo, perto do lago,
A música
escolhida que oferece a renovação do amor
Lá estamos
nós,
No olho do
amor,
Felizes,
calmos, deitados,
Um pouco
mais velhos,
e, por
isso mesmo, mais amados
Um para o
outro
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